No dia 26 de fevereiro de 2017, o Dolby Theatre em Los Angeles, Estados Unidos, foi palco da 89ª cerimônia do Oscar, a mais prestigiosa premiação do cinema mundial, apresentada pelo comediante Jimmy Kimmel. Foi uma noite histórica para a indústria do cinema, marcada por momentos emocionantes, surpresas e discursos inspiradores. Neste artigo, iremos destacar os favoritos e vencedores da noite.

O grande favorito da noite era o musical La La Land, dirigido por Damien Chazelle, que recebeu 14 indicações, igualando o recorde de Titanic de 1997 e A Malvada de 1950. O filme retrata a história de amor entre o pianista Sebastian (Ryan Gosling) e a aspirante a atriz Mia (Emma Stone) em Los Angeles, em meio a números musicais e danças coreografadas. La La Land era considerado uma obra-prima do cinema moderno, com um roteiro inteligente, performances emocionantes e uma trilha sonora viciante. No entanto, o filme acabou perdendo o prêmio de Melhor Filme para a surpresa da noite, Moonlight.

Moonlight, dirigido por Barry Jenkins, é um filme independente que conta a história de Chiron, um jovem negro, gay e pobre que cresce em um bairro violento de Miami. O filme é dividido em três fases, retratando a infância, adolescência e idade adulta de Chiron, interpretado por três atores diferentes. Moonlight aborda temas como identidade, preconceito, violência e amor, com uma sensibilidade ímpar. A escolha por Moonlight como Melhor Filme foi uma vitória para a diversidade e inclusão no cinema, já que o filme foi feito por um diretor negro e um elenco majoritariamente negro, gay e hispânico.

Além do prêmio de Melhor Filme, Moonlight também ganhou os Oscars de Melhor Ator Coadjuvante para Mahershala Ali, Melhor Roteiro Adaptado para Barry Jenkins e Tarell Alvin McCraney e Melhor Fotografia para James Laxton. La La Land, por sua vez, ganhou seis Oscars, incluindo Melhor Diretor para Damien Chazelle, Melhor Atriz para Emma Stone e Melhor Trilha Sonora Original para Justin Hurwitz.

A americana Viola Davis foi uma das grandes estrelas da noite, ao ganhar o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por seu papel em Um Limite entre Nós, dirigido por Denzel Washington. Viola emocionou a plateia com um discurso poderoso sobre a importância de contar histórias de pessoas comuns e dar voz aos excluídos. Emma Stone, por sua vez, parecia estar em estado de choque ao ganhar o prêmio de Melhor Atriz, superando favoritas como Natalie Portman e Isabelle Huppert. Emma agradeceu aos pais e aos colegas de elenco e equipe de La La Land, que acredaram em seu potencial.

Casey Affleck, irmão de Ben Affleck, venceu o Oscar de Melhor Ator por sua atuação em Manchester à Beira-Mar, dirigido por Kenneth Lonergan. O filme conta a história de Lee Chandler, um zelador solitário que precisa lidar com o passado traumático ao se tornar o tutor de seu sobrinho após a morte do irmão. Casey disse em seu discurso que trabalhar no filme mudou sua vida e agradeceu a Kenneth e aos atores e produtores envolvidos.

Outros destaques da noite foram os prêmios de Melhor Documentário para O.J.: Made in America, Melhor Animação para Zootopia, Melhor Edição de Som para A Chegada e Melhor Figurino para Animais Fantásticos e Onde Habitam. A cerimônia também homenageou atores lendários como Meryl Streep e Warren Beatty, além de celebrar a vida e obra dos artistas que faleceram no último ano, incluindo Carrie Fisher, Debbie Reynolds e Garry Marshall.

Em resumo, o Oscar 2017 foi uma noite de contrastes, entre os favoritos e os vencedores, entre a criatividade e a inclusão, entre as surpresas e as expectativas. O cinema ainda continua sendo uma das formas mais poderosas de contar histórias e inspirar pessoas em todo o mundo, não importa a sua cor, gênero, orientação sexual ou religião. Que venham mais histórias incríveis e emocionantes nas próximas edições do Oscar!